quarta-feira, 29 de junho de 2016

"Jogando meu corpo no mundo"

Julho 2015 - A primeira viagem sozinha

Já estava com esse plano de viajar sozinha, mas ainda estava insegura, por isso decidi ir para algum lugar no Brasil mesmo, sei lá, se desse algum problema eu podia voltar rapidinho pra casa. Fiz uma listinha de lugares e acabei decidindo pelo que tinha a passagem com preço mais baratex, Foz do Iguaçu.
Comecei meu planejamento da viagem: escolhi um hostel, comprei alguns passeios antecipados, fiz uma planilha com os outros lugares que eu poderia visitar, mas deixei para decidir lá os outros passeios que faria.
Como estava indo sozinha, me bateu uma insegurança: todas as novas pessoas podiam não gostar de mim. Coloquei na cabeça que tudo bem se passasse todos os dias da viagem sozinha. Peguei meu voo para Foz tranquila.

1º dia
Fiquei hospedada no Tetris, a fachada linda e o drink grátis de boas vindas me ganharam logo de cara. Escolhi um quarto feminino com 4 pessoas, tentando reduzir as chances de ficar irritada por estar dividindo quarto (funcionou).
Como cheguei quarta a noite, só me restava tomar minha bebidinha, comer algo e ir dormir. Durante o drink já rolou um papo com a galera do hostel, que iriam sair aquele dia, mas como não estava nessa energia, fui dormir.

2º dia
Acordei cedo, tomei o café da manhã, incluso no preço da hospedagem, entendi que estando no hostel teria pessoas para bater um papo, hospedes ou staff. Aquele medo de ficar sozinha desapareceu. 
O primeiro passeio na cidade foi o tão famoso Parque Nacional Iguaçu. Dá pra chegar lá de ônibus numa boa. Eu deveria ter esperado para ir em um dia mais ensolarado, mas a ansiedade não me deixou pensar direito. Quanto mais sol maior a chance de ver arco iris. :)
Garantir a entrada antes é uma boa opção porque a fila para comprar na hora é bem grandinha. O parque é enorme e com uma estrutura incrível, ótimo pra quem vai com criança.
Na entrada tem alguns (muitos) ônibus que fazem um tour pelo parque e vão te deixando nas paradas para fazer as trilhas, os passeios de barco - ambos são comprados a parte - ou te deixam no inicio da trilha para ver as quedas d'água - incluso no ingresso de entrada.


Quedas d'agua durante a trilha
Fiz primeiro a trilha para ver as quedas, caminhada bonita e super tranquila, chegando no fim, tem umas plataformas para chegar bem próximo as enormes quedas d'água, eu levei uma capa de chuva, meu plano era o seguinte: caminhar um pouquinho pela plataforma e quando começasse a molhar demais, voltar. O plano deu errado, porque quando você menos espera, parece que vem um gigante e vira um balde enorme de água na sua cabeça e você já esta completamente molhado, aí não adianta mais lutar contra a força da natureza só resta aproveitar a água e tentar filmar alguma coisa de recordação.
O passeio seguinte foi o Macuco Safari que consiste num combo: passeio num carrinho pela floresta + trilha com guia + passeio de barco. Vale muito! Organizado e seguro, gostaria de ter chegado um tiquinho mais perto das quedas, mas ainda assim, sai completamente molhada, de novo!
Parece que é tudo rapidinho, mas acho uma boa ideia fazer as coisas com calma apreciando a grandiosidade do lugar, é passeio para um dia inteirinho!
A noite fiquei no hostel com meus novos amigos, conversamos, rimos, bebemos, como se nos conhecessemos de longa data. Não fazia ideia, mas Foz é o segundo lugar mais visitado no Brasil, então o idioma mestre é o inglês, no hostel tinha gente do mundo inteiro, nesse dia eramos brasileiros+franceses+ingleses+americanos. Terminamos a noite dançando funk carioca lá pelas 3:30h da manhã. 


3º dia
Iluminação da barragem
Só sai rumo a Usina de Itaipu a tarde, lá os horários são marcados e os ingressos deve ser comprados antes, chegar lá na hora sem ingressos é correr risco de ter que voltar sem conseguir visitar. 
A quantidade de passeios que são possíveis realizar por lá é impressionante, eu fiz o Circuito Especial e a Iluminação da Barragem, o primeiro é um rolé por toda a usina, incluindo ver as turbinas funcionando, e aí a gente tem a dimensão da grandiosidade da coisa, o segundo é a noite, faz um friiiiio, mas vale a pena!
Esse complexo da usina esta de parabéns por nos dar a oportunidade de fazer turismo num lugar tão incrível!
À noite, no hostel, estávamos numa energia incrível, tivemos um showzinho, para poucos e bons, da banda que tocaria na festa de sábado. E esse dia é o motivo de eu gostar tanto de hostels! Mais uma noite de bebidinhas, conversa e cantoria até o sol raiar! <3

4º dia
Estava ensolarado, então aproveitei para fazer o passeio de helicóptero. Incrível e lindo. Fica um tempão voando sobre as Cataratas, pude ver um arco iris de cima!
Saindo de lá atravessei a rua e fui no Parque das aves, comprei o ingresso na hora sem problemas. O parque é um zoológico só de aves, onde, algumas vezes, podemos entrar nas gaiolas e elas vem bem pertinho da gente. As borboletas são super amigáveis e se ficarmos bem paradinhos, elas passeiam na gente.
À noite teve uma super festa no Tetris... Bandas ao vivo, mojito de manjericão, galera linda e bacana. Não tem muito que falar só sentir mesmo. Ah! tudo até as 22h para não atrapalhar os hospedes que vão dormir cedo.


Festa no Tetris
5º dia
Dia do descanso. Fiquei lagarteando na piscina, curtindo uma ressaquinha e papeando. Fui dormir cedo.

6º dia
Fui, com um amigo, para o Parque del Iguazu, ou seja, a outra metade do parque brasileiro que fica na terra dos hermanos.
Fomos no esquema mais econômico, ônibus até a rodoviária de Puerto Iguazu (saindo de Foz tem que descer do ônibus, passar pela imigração e retornar ao ônibus). Na rodoviária tem algumas empresas de ônibus que fazem o trajeto até o parque, já vendem ida e volta (esta podendo ser realizada a cada 30 min). Acho que o tempo total do caminho foi quase quase 2h. 
Logo na chegada já dá pra ver que o parque não tem a mesma estrutura do lado brasileiro, se desejar fazer algum passeio, deve pedir no momento de comprar as entradas, lá dentro não são vendidos estes ingressos de passeios. Eu não comprei o passeio de barco e estou arrependida até agora.
O parque é bem selvagem, tem a trilha superior e a inferior, faça as duas, passeio delicioso, grande parte do caminho realizado por plataformas que estão em cima do rio, passando bem próximo de muitas quedas, trajeto que me fez passar por dentro de arco íris muitas vezes e ficar bem molhada.
Terminando as duas trilhas, agora é ir em direção a Garganta del Diablo. Tem um trenzinho que faz o percurso de uns 4km e deixa no início na trilha. Diz a lenda que esse trem vive quebrado, eu tive sorte e consegui pega-lo funcionando. O trajeto é uma gracinha, cercado de flores e borboletas! 
Novamente trilhas por cima do rio e aí, do nada aquele barulhão e não adianta eu tentar descrever, só vendo mesmo, la Garganta del Diablo, com toda sua grandiosidade.

7º dia
No último dia meu voo era só as 14h, então deu tempo de passar no Templo Budista, para agradecer pelos bons momentos. :)

PS. Eu gostei muito, semana que vem estou indo pra Foz de novo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário